O excesso de tributos e burocracia nos últimos 20 anos causou a desindustrialização do país. Os maiores responsáveis por isso, o PT, ironicamente foram eleitos com uma vasta base operária que dominou o país por um longo período.
Devido aos resultados desastrosos, o PT não conseguiu eleger representantes para cargos majoritários e passou a abraçar pautas de outras “minorias” (mulheres, negros, LGBT, índios etc) para sobreviver, abandonando a causa sindical. Essas pautas progressistas são mais tipicamente defendidas por estudantes, e destoam dos fundamentos e do perfil dos fundadores do trabalhismo brasileiro.
Nossa indústria que já chegou a representar 30% do PIB brasileiro agora representa apenas 10 % da nossa economia. O setor de serviços e o agronegócio, ambos em plena expansão, passaram a ser, perigosamente, o carro chefe da economia.
Do ponto de vista econômico, o agronegócio deve ser visto como gerador de reservas cambiais, pois produz material de fácil exportação, o que traz moeda forte para dentro do Brasil. O setor de serviços emprega muita mão de obra por Real de receita gerada, um nível superior ao agronegócio.
O PIB do Brasil se tornou perigosamente dependente do agronegócio e do setor de serviços, com ambos aumentando suas contribuições ao PIB. Mas é no setor industrial aonde teremos mais a ganhar. E se esse ganho se materializar esperamos que venha sem o autofagismo do trabalhismo do século passado.