Deputado exige explicações de Fernando Haddad sobre bloqueio dos financiamentos rurais
Brasília – A suspensão repentina dos financiamentos do Plano Safra 2024/2025 pelo governo federal gerou indignação entre produtores rurais e parlamentares. O programa, que foi anunciado com um orçamento definido há poucos meses, teve suas contratações congeladas sem justificativa detalhada. Diante disso, o deputado Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL/SP) protocolou um Requerimento de Informação, exigindo explicações do Ministro da Fazenda, Fernando Haddad, sobre os motivos da suspensão e seus impactos no setor agropecuário.
O Plano Safra é considerado o principal mecanismo de financiamento da produção agrícola no Brasil, viabilizando crédito para pequenos, médios e grandes produtores investirem na safra e na modernização do setor. Sem acesso ao financiamento, muitos podem ter dificuldades para manter suas operações, impactando toda a cadeia do agronegócio e gerando insegurança alimentar para a população.
No requerimento, Luiz Philippe afirma que a decisão do governo é um ataque direto ao setor que mais sustenta a economia do país. Para o parlamentar, a medida não apenas desestabiliza os produtores como demonstra a completa falta de compromisso da atual gestão com a previsibilidade econômica.
“O governo Lula mente para o agronegócio. Anuncia um orçamento com pompa e circunstância, usa o setor para propaganda, e depois simplesmente corta o financiamento sem aviso prévio. Isso não é gestão, é sabotagem deliberada ao setor que mais gera riqueza para o Brasil.”
O parlamentar também criticou a contradição entre a suspensão do crédito agrícola e o aumento de gastos públicos em outras áreas.
“Enquanto corta dinheiro do produtor rural, o governo segue ampliando seus gastos irresponsáveis. O agronegócio, que sustenta o Brasil, é tratado como inimigo, enquanto o desperdício e a gastança seguem sem freios. Essa é a prioridade desse governo: sufocar quem produz e sustentar quem depende do Estado.”
Além disso, Luiz Philippe apontou que a falta de diálogo com o setor agropecuário antes da decisão demonstra desprezo pelo impacto econômico da medida.
“Essa suspensão arbitrária escancara a insegurança jurídica que o governo impõe ao setor produtivo. Como os produtores podem planejar suas safras se o crédito pode ser cortado a qualquer momento? Como investidores vão confiar em um país onde o próprio governo destrói a previsibilidade?”
A expectativa agora é que o Ministério da Fazenda responda ao requerimento e esclareça se há previsão para retomada dos financiamentos. Enquanto isso, produtores e representantes do setor intensificam a pressão para que o governo reverta a decisão.