Novo presidente elencou objetivos prioritários para o mandato, em apoio ao setor, dentre eles, a abertura de mil empresas de capital aberto, e leis de combate a cartéis
Diante do atual cenário do Brasil, com queda em investimentos e desconfiança da política econômica do governo, a Frente Parlamentar pelo Livre Mercado inicia um novo mandato com o desafio de retomar o crescimento do país. O deputado federal Luiz Philippe de Orleans e Bragança (PL-SP), empossado como presidente do grupo, nesta quarta-feira (17), quer apoiar empresários na abertura de novos negócios e discutir a redução da interferência do Estado na economia.
Para Bragança, o mercado de capitais não deve ser voltado apenas a um público “privilegiado”. “Precisamos inserir a classe média na participação de lucros e oportunidades, além de estimular a geração de emprego e renda”, defendeu, durante a cerimônia de posse, no Senado.
O parlamentar, que assume o mandato referente ao biênio 2023-2024 após a liderança do também deputado Marcel Van Hattem (Novo-RS), propõe cinco objetivos prioritários para debater em conjunto com representantes do setor financeiro. São eles:
A abertura de empresas de capital aberto é uma forma de atrair recursos e destacá-las no mercado, projetando solidez e crescimento aos negócios. Nesse sentido, a ideia é que cresçam também as oportunidades para a classe média, com mais emprego e renda. Na mesma linha está a proposta de dobrar o número de investidores em bolsa de valores. Somente no ano passado, a B3, única bolsa brasileira, registrou 5,8 milhões de investidores, um recorde histórico.
Com essas e outras medidas, a expectativa do novo presidente da Frente Parlamentar pelo Livre Mercado é que o Brasil suba dez pontos no Índice de Liberdade Econômica, levantado pela think tank norte-americana Heritage Foundation. O indicador avalia quais países são mais ou menos liberais na economia.
Atualmente, o Brasil está na posição 127 desse ranking — de um total de 176 países —, e, com isso, está mais próximo de nações de regimes totalitários, como China (154ª), Venezuela (174ª), Cuba (175ª) e Coreia do Norte (176ª). Os dados são relativos a meados de 2021 até junho de 2022.
Paralelo a esses incentivos, a nova gestão da frente quer trabalhar em cima de leis de combate a cartéis e oligopólios.
Mesa diretora
A Frente Parlamentar pelo Livre Mercado é composta por cerca de 200 integrantes, entre deputados, senadores e corpo técnico. Ao lado de Luiz Philippe de Orleans e Bragança, estará o vice-presidente e senador Eduardo Girão (Novo-CE), e a secretária-geral e deputada Bia Kicis (PL-DF).
A mesa diretora também é formada pelas seguintes autoridades e as respectivas áreas de atuação:
Dep. Marcel Van Hattem (Novo-RS) | Coordenador Político pela Câmara dos Deputados |
Sen. Carlos Portinho (PL-RJ) | Coordenador Político pelo Senado |
Dep. Gilson Marques (Novo-SC) | Liberdade de Consumo |
Dep. Mendonça Filho (União-PE) | Finanças e Tributação |
Dep. Kim Kataguiri (União-SP) | Abertura Comercial |
Dep. Filipe Barros (PL-PR) | Mercado de Energia |
Dep. Joaquim Passarinho (PL-PA) | Investimentos e Parcerias |
Dep. Maurício Marcon (Podemos-RS) | Mobilidade, Infraestrutura e Logística |
Dep. Pedro Lupion (PP-PR) | Liberdade econômica no campo e direito de propriedade |
Participaram da cerimônia, dentre outras autoridades, o secretário de Relações Institucionais do Partido Liberal, general Braga Netto; os senadores Eduardo Girão (Novo-CE) e Alan Rick (União-AC); e os deputados Marcel Van Hattem (Novo-RS); Nikolas Ferreira (PL-MG); Any Ortis (Cidadania-RS); Maurício Marcon (Podemos-RS).