Artigo

Jogar em dois times é perda dupla

Escrito por

Luiz Philippe de Orleans e Bragança

Não é de hoje que esse executivo insiste em fazer jogo duplo: tentar agradar o bloco dos BRICS e ao mesmo tempo fazer demagogia com a OTAN e a ONU. Se em 8 anos de mandato as viagens de Lula quase não obtiveram resultado comercial para o Brasil, nestes últimos meses o desastre do garoto propaganda continua, e dando gafes a cada visita. No passado, obteve a proeza de Estados Unidos, Japão e Rússia, antigos e consolidados parceiros comerciais, manterem as barreiras sanitárias contra a carne brasileira, causando prejuízo. Nossas exportações para os EUA caíram de 28% para 11% em 2010.

Logo que assumiu a presidência, em janeiro, viajou à Argentina e escandalizou a todos propondo moeda única no Mercosul para salvar da falência países sob ditadura ou mal-administrados pela esquerda. Com o dinheiro dos nossos impostos, claro. Diante da repercussão, abafou o caso. Em abril, foi à China e assinou 15 acordos bilaterais, um deles  permite a exploração chinesa de setores estratégicos, como de energia, infraestrutura e recursos naturais, sem contrapartida, por 5 anos. Ao mesmo tempo, faz média com a OTAN e a Ucrânia.

Essa política nefasta de fazer jogo duplo abre precedentes tanto para comunistas como para globalistas entrarem de vez no Brasil, atingindo em cheio nossa autonomia como país e suprimindo toda a liberdade econômica e de expressão. A consequência mais evidente desse jogo é perdemos nossa soberania para que o atual ocupante da cadeira presidencial permaneça no poder. 

Só para lembrar, o padrão comunista é impedir o fortalecimento, a riqueza e a  independência dos pequenos e médios negócios, que mais empregam pessoas, pois tudo está sob o controle político de um poder central. O modelo globalista, que visa o lucro em escala mundial, além de aniquilar os mercados locais, também pretende desmilitarizar os países sob sua influência. Ficamos sem escolha, pois as duas grandes forças de barganha pela liderança são justamente a  Economia e a Defesa Nacional. Não seremos líderes no BRICS nem na ONU. A saída é não nos entregarmos a ninguém. O  bom trabalho está em estimular o empresariado, a livre-iniciativa e a economia de mercado, bem como construir uma  força de segurança capaz de atuar em prol da soberania e da autonomia do Brasil.

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