Se você defende algum interesse de classe, como os direitos LGBT, dos índios, das mulheres, dos negros, dos sem terra, dos imigrantes, dos trabalhadores, e etc, saiba que você age contra o princípio de igualdade perante as leis.
Saiba também que quem te mobiliza a defender uma “classe” não faz isso pela democracia ou pelo Estado de direito. Pelo contrário, essas pessoas agem desta forma para desestabilizar nossa sociedade e as instituições brasileiras. O objetivo deste tipo de movimento é, e sempre foi gerar o caos em nosso país.
Vamos as explicações das afirmações acima.
Imagine que todas as classes e grupos minoritários conquistem subsídios, exceções ou proteções para suas classes. Agora imagine que um índio ataque um LGBT. O Índio estará protegido por seus direitos e o LGBT ficará injustiçado, e do ponto de vista da comunidade LGBT a lei falhou. Agora imagine que um sem terra invada a terra do índio. Os sem terra estarão protegidos e os índios ficarão injustiçados. Agora imagine que um negro, devido a sua raça, consiga emprego antes que uma mulher desempregada. O pleito pelos direitos das mulheres será atropelado. Fica claro como a justiça pode facilmente falhar quando há direitos assimétricos, e as diversas classes competem por “direitos” tidos como somente seus.
Como definir nessa corrida por direitos de classe quem vem primeiro e quem fica por último? Não importa, já que o objetivo desse tipo de construção social é sempre gerar o caos. Como dizia David Horowitz, “o problema nunca é a questão. A questão é sempre a revolução”. Quando cada grupo minoritário se sente injustiçado, as instituições públicas e o governo perdem credibilidade. Mas quem ganha com isso?
Se você fizer um pequeno exercício e recapitular a brevemente a história recente do nosso país, você notará que sempre há um protótipo de salvador da causa da classe minoritária em voga. Antes era o Lula e depois veio a Dilma. Ambos foram criados para serem campeões das minorias. Eu acho o termo “Ditador das Minorias” mais adequado, e explico o porquê.
No inicio do século 20 o mantra marxista era que a classe operaria somente seria salva por um “ditador do proletariado”. Esse ditador precisaria surgir para concentrar poder e propriedade, para então distribuir tudo com justiça e igualdade. Hoje, no início do século 21, e com a alta diversificação da sociedade, o “proletariado” não é a classe o que os marxistas tem usado para desestabilizar. Eles têm usado as diversas minorias. A causa operária deu lugar às causas das minorias como LGBT, negros, jovens, idosos, índios, mulheres, entre outros. Esses grupos minoritários são sempre encabeçadas por líderes marxistas, que alimentam a ideia que somente um líder ciente de sua causa em específico poderá salvá-los das injustiças.
Não importa a época, pois tanto no século 20 como agora no século 21, a missão desse líder ou “ditador” ainda é, sob o mesmo falso pretexto de estabelecer a democracia, tomar o poder em nome do grupo. Historicamente ditadores estabelecem um poder autoritário e removem liberdades de todos os grupos; inclusos aqueles que o ajudaram a assumir o poder. Por que? Pois ditadores sabem que ter minorias com “direitos” assimétricos é desestabilizador. Chega a ser cômico.
A história ensina a quem quer subir ao poder e exercê-lo de maneira autoritária que, antes que isso aconteça, será preciso gerar o caos. Quem gera o caos sabe que o resultado é quase sempre um governo autoritário, e quase nunca um democrata esclarecido, que é o que eles vendem a população.
Essa observação história criou a fórmula mágica dos movimentos de esquerda radical: gerar caos desqualificando as instituições, a constituição e a sociedade, classificando-as como opressoras para alimentar a visão do Salvador para cada um dos grupos. Foi assim que Hitler ascendeu ao poder na Alemanha em 1933. Os partidos de esquerda radical em todo o mundo têm usado essa mesma fórmula desde então.
A lógica inexorável que expus neste texto, que a igualdade perante as leis é a única saída para a defesa de uma real democracia sustentável de longo prazo, tem de ser defendida a todo o custo. A igualdade perante as leis é o denominador mínimo comum entre todos os grupos, todas as minorias, todas as classes.
Diversidades podem coexistir, mas somente com o pacto pela harmonia implícito no conceito de igualdade perante as leis. Esse pacto requer a ciência das consequências inevitáveis de sua violação. Essa consciência coletiva é o que vai definir a estabilidade política de um país livre no século 21.